No início de 2022, a Organização Mundial da Saúde (OMS) formalmente reconheceu o vício em videogames e jogos eletrônicos como uma doença. Essa decisão marcou um ponto crucial na compreensão dos efeitos potenciais dos videogames na saúde mental e levantou várias questões sobre o diagnóstico e tratamento dessa condição. Neste post, exploraremos detalhadamente os critérios de diagnóstico estabelecidos pela OMS, os sintomas associados ao vício em videogames e como isso impacta a vida cotidiana dos indivíduos.
Diagnóstico:
Diagnosticar o vício em videogames não é uma tarefa simples. A OMS estabeleceu critérios específicos para identificar essa condição, e os profissionais de saúde devem avaliar cuidadosamente os comportamentos do indivíduo antes de fazer o diagnóstico. A falta de controle sobre o impulso de jogar e a tendência de priorizar o jogo em detrimento de outras obrigações são fatores cruciais para o diagnóstico.
Critérios Estabelecidos pela OMS:
A OMS estabeleceu três critérios principais para diagnosticar o vício em videogames:
Falta de Controle:
- O indivíduo é incapaz de controlar a quantidade de tempo gasto jogando.
- Tentativas repetidas de reduzir ou interromper o tempo de jogo são infrutíferas.
Priorização do Jogo:
- O jogo se torna uma prioridade, ocupando a maior parte do tempo e energia do indivíduo.
- Outras atividades, como trabalho, estudo ou relacionamentos, são negligenciadas em favor do jogo.
Persistência Apesar das Consequências Negativas:
- O indivíduo continua a jogar, mesmo enfrentando problemas significativos em outras áreas da vida, como saúde física e mental, desempenho acadêmico ou relacionamentos interpessoais.
Sintomas Associados ao Vício em Videogames:
Além dos critérios de diagnóstico estabelecidos pela OMS, existem vários sintomas associados ao vício em videogames que os profissionais de saúde consideram ao avaliar um paciente. Esses sintomas incluem:
Isolamento Social:
- O indivíduo prefere passar tempo jogando em vez de participar de atividades sociais.
- Relações interpessoais são prejudicadas devido à priorização do jogo.
Comprometimento na Vida Diária:
- Declínio no desempenho acadêmico ou profissional devido à dedicação excessiva ao jogo.
- Falta de interesse em responsabilidades cotidianas.
Alterações no Humor:
- Irritabilidade e agitação quando impedido de jogar.
- Mudanças de humor significativas, como ansiedade e depressão, associadas ao padrão de jogo.
Negligência da Saúde Física:
- Distúrbios do sono devido a sessões prolongadas de jogo.
- Negligência da saúde física, como falta de exercício e má alimentação.
Impacto na Vida Cotidiana:
O vício em videogames pode ter um impacto significativo na vida cotidiana dos indivíduos afetados. O comprometimento nas relações interpessoais, o declínio no desempenho acadêmico ou profissional e a deterioração da saúde física e mental são consequências graves desse vício. A capacidade de realizar tarefas diárias e cumprir obrigações cotidianas é prejudicada, levando a uma diminuição da qualidade de vida.
Tratamento e Apoio:
Uma vez diagnosticado, o tratamento do vício em videogames envolve uma abordagem multidisciplinar. Terapeutas, psicólogos e, em alguns casos, psiquiatras podem trabalhar juntos para fornecer suporte ao indivíduo. As estratégias terapêuticas incluem terapia cognitivo-comportamental, terapia familiar e intervenções para desenvolver habilidades de enfrentamento saudáveis.
Conclusão:
O reconhecimento do vício em videogames como uma doença pela OMS é um passo importante na compreensão da relação entre o uso excessivo de jogos eletrônicos e a saúde mental. O diagnóstico criterioso, baseado em sintomas específicos, permite uma intervenção mais eficaz para ajudar os indivíduos afetados. É crucial continuar pesquisando e desenvolvendo estratégias de prevenção e tratamento para enfrentar os desafios crescentes associados ao vício em videogames na sociedade contemporânea.
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